RJ – FUNDAÇÃO DA PIB
A fundação a PIB da
cidade do Rio de Janeiro foi fruto do trabalho de William Buck Bagby. Em 1884,
após ter organizado com os demais pioneiros a PIB de Salvador, na Bahia, Bagby
chegou ao Rio e procurou Elizabeth Williams, crente batista que era membro do Tabernáculo
de Spurgeon, em Londres. Elizabeth tinha uma pensão em Santa Teresa e ofereceu
sua sala de visitas para que Bagby ali pregasse. Em 24/08/1844 foi organizada a
quarta igreja batista em território brasileiro, a segunda pela “Via da Missão”,
após as de Santa Bárbara (SP) e Salvador (BA). Contando inicialmente com quatro
membros fundadores – o casal Bagby, Elizabeth Williams e Mary O’Rorke – outro
local mais central na cidade foi buscado para estabelecer a sede da igreja.
Outros crentes se juntaram à congregação, mas, apesar dos esforços de Bagby na
pregação do evangelho, foi difícil a conversão dos cariocas, até que, em
31/01/1885, Cândido J. Mesquita, presbiteriano por 14 anos, foi imerso nas
águas da Baía de Guanabara, tornando-se batista. Como se tratava de adesão de
membro de outra igreja evangélica, a primeira conversão foi de Castorina Adélia
de Castro, empregada dos Bagby e evangelizada por Anne, esposa de William.
Possuindo a cidade
do Rio de Janeiro na época mais de meio milhão de habitantes, além de ver Bagby
todo o Estado do Rio (bem como a região leste do Estado de Minas Gerais) como
grandes potenciais para o evangelho, fez ele constantes pedidos para o envio de
missionários que ajudassem na obra, mas não foi prontamente atendido por Richmond.
Assim sendo, E. H. Soper, um inglês que havia vindo ao Brasil para uma missão
junto aos marinheiros, e que se casara com uma jovem batista da PIB do Rio, foi
o primeiro a somar seus esforços aos de Bagby na expansão da obra, primeiro na
capital fluminense e posteriormente em Juiz de Fora, Minas Gerais. E. A.
Puthuff, Charles D. Daniel, Mina Everett e Maggie Rice foram outros
colaboradores iniciais, tanto na obra em campos fluminenses quanto mineiros. As
constantes febres que assolavam a cidade do Rio de Janeiro foram um grande
obstáculo a ser enfrentado.
Além da capital federal, Bagby fundou a primeira Igreja Batista de Campos em 23
de Março de 1891, entregando seu pastorado a Downing. Em 18 de julho de 1892,
fundou a primeira batista de Niterói, delegando a Salomão Ginsburg seu
pastorado.
Guinsburg
estabeleceu-se inicialmente em Campos, onde, além da igreja, organizou uma
tipografia, tendo feito várias publicações e a reedição do Cantor Cristão. De
Campos, partiu para São Fidélis onde estabeleceu uma igreja Batista e foi
perseguido. Também Macaé teve uma igreja batista organizada por Ginzburg.
Outras cidades fluminenses atingidas pelo trabalho Batista foram Guandu, Santa
Bárbara, Paraíba do Sul, Macaé, Ernesto Machado, Paciência, Boa Nova e Cambuci.
Em 1889 foi
organizada a 1ª igreja batista na Província das Minas Gerais, sob a liderança
de Charles Daniel. A igreja teve pouca duração porque, com a fundação de Belo
Horizonte como nova capital mineira, houve um êxodo muito grande na região, que
até então fora capital da província. No final do Império, a PIB do Rio possuía
89 membros, mas Bagby estava só na liderança, pois Mesquita – o primeiro
batizado que se tornara seu pastor auxiliar – havia deixado a igreja. Tomás
Lourenço da Costa, Francisco Fulgêncio Soren e Teodoro Rodrigues Teixeira foram
então três novos convertidos que se tornariam em baluartes na história batista
carioca, fluminense e brasileira.
CONVENÇÃO BATISTA FLUMINENSE
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Com o título CONVENÇÃO BATISTA FLUMINENSE
NO ANO DO CENTENÁRIO, o jornalista Othon Ávila Amaral escreveu o
seguinte texto histórico:
“Com o nome de Associação Batista Fluminense, foi a Convenção organizada nos
dias 4 e 5 de janeiro de 1907, numa sexta-feira e num sábado, no templo da
Igreja Batista de Aperibé, durante muitos anos distrito de Santo Antônio de
Pádua, igreja que no dia 6 de janeiro daquele ano estaria comemorando seu 4º
aniversário. Naquela época as igrejas do antigo Estado do Rio de Janeiro
estavam divididas entre as Missões Batista do Rio e Batista de Campos. Também
até a data da organização da Associação já haviam sido organizadas nas duas
Missões 26 Igrejas.
Primeira Diretoria e os pastores e líderes
presentes à Organização: Na primeira sessão foi eleita a primeira diretoria da
Associação batista Fluminense, que ficou assim constituída: Presidente: Pastor
Joaquim Fernandes Lessa (PIB de Campos); Vice-presidente, Evangelista Alfredo
Joaquim dos Reis; 1º Secretário Evangelista Kleber Martins e Tesoureiro,
Missionário Daniel Frank Crosland.
Entre os líderes batistas fluminenses presentes ao notável evento destacamos:
Joaquim Rosa, Antônio Rodrigues Mais, Cândido Ignácio da Silva, Joaquim Coelho
dos Santos, Leonel Eyer e Luiz Ovídio Firmo.
Os missionários da Missão Batista de Campos eram Daniel Frank Crosland e Albert
Lafayette Dunstan, ambos deixando o campo, embora o primeiro tivesse o
privilégio de ser mensageiro fundador da Associação. Quem chegaria logo depois
para ser o grande apóstolo da obra missionária em nossa Convenção foi o
missionário A. B. Christie, que veio para o Brasil a fim de trabalhar na área
teológica no Recife, posteriormente transferido para o Seminário do Rio, que
seria fundado em 1908, e que acabou como principal líder da obra batista no
Estado do Rio de Janeiro.
O extraordinário missionário Arthur Beriah Deter na matéria de sua autoria
publicada em O Jornal Batista e que foi usada como ata de fundação da Convenção Batista Fluminense na introdução afirma: 'A organização desta Associação
marca uma época na história da Missão de Campos. Do princípio ao fim foi uma
das mais notáveis reuniões de Batistas a que jamais assisti no Brasil. Na
primeira oração sentimos a presença de Deus. A harmonia que prevaleceu, o poder
espiritual que encheu os corações de todos os oradores, o amor fraternal que
reinou, foi a feição característica de todas as reuniões'. Também
impressionou muito bem o missionário Otis Pendletom Maddox, há pouco chegado ao
Brasil e trabalhando com a missão Batista do Rio.
Não poderíamos omitir os nomes dos oradores que falaram naquela ocasião tão especial: Kleber Martins falou sobre o tema 'Os requisitos de ser um verdadeiro ministro do Evangelho'; Leonel Eyer falou sobre 'Que faremos para promover o desenvolvimento espiritual da Associação'; o diácono Joaquim Coelho dos Santos falou sobre 'O que ensinam as Escrituras sobre o dízimo'; o Pastor Carlos Mendonça falou sobre 'As vantagens de uma verdadeira educação'; o jovem Alfredo Joaquim dos Reis falou sobre 'A necessidade de uma verdadeira evangelização'. Sobre Alfredo Reis, registrou A. B. Deter: 'Esperamos que este irmão estivesse em caminho de ir aos Estados Unidos, onde poderia realizar em si mesmo tudo que disse sobre a verdadeira evangelização. Ele é um dos moços mais esperançosos que temos em nosso trabalho no Brasil.'”
CONVENÇÃO BATISTA CARIOCA
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São do site da Convenção as seguintes
informações: “A Convenção Batista Carioca é sobretudo gente. Gente que faz as
mais de 480 igrejas batistas hoje existentes na cidade do Rio de Janeiro. São
mais de 125 mil homens, mulheres, crianças e idosos, jovens e adolescentes que
creem em Cristo como seu Salvador e vivem conscientes do Seu senhorio sobre
suas vidas. Assim, a Convenção Batista Carioca não é primeiramente uma
instituição, um prédio ou um escritório de serviços, mas a comunhão das igrejas
batistas da cidade do Rio de Janeiro, unidas para a realização comum de uma
grande e desafiadora obra, continuamente renovada e apontada pelo Senhor.”
Informa ainda o site da convenção
que, no final de 2016, a organização possuía 13 associações, 503 igrejas
e 26 missionários atuando no seu campo.
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